Manual nº 8

8) Relações sociais

De acordo com um estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde, descobriu-se que 1 em cada 7 pessoas entre os 10 e os 19 anos tem dificuldade de interação social (OMS, 2021). Infelizmente, estes desafios são muitas vezes ignorados e não abordados. Não reconhecer e abordar estas questões sociais pode deixar os adolescentes vulneráveis ​​aos efeitos adversos das amizades e dos relacionamentos tensos, afetando a sua saúde geral e as interações diárias.

Principais questões

Pressão dos pares: os adolescentes sentem frequentemente pressão para se conformarem com os comportamentos e atitudes dos seus pares. Este stress pode afetar decisões relacionadas com questões académicas, aparência, relacionamentos e tomada de riscos. Quando os adolescentes sentem necessidade de fazer algo ou de agir como os seus amigos. Isto pode afetar muitas áreas das suas vidas, como a escola, a sua aparência, com quem andam e até mesmo fazer coisas arriscadas.

A pressão dos pares também pode fazer com que os adolescentes queiram ter uma determinada aparência. Podem copiar as roupas, a aparência e até imitar os hábitos dos amigos.

Pior ainda, a pressão dos pares pode fazer com que os adolescentes se envolvam em comportamentos negativos “para se encaixarem”, incluindo o jogo, o consumo de drogas ou o sexo inseguro.

Problemas de formação de identidade: a adolescência é uma época de autodescoberta, e os adolescentes podem ter dificuldade em definir as suas próprias identidades. Isto pode envolver questões de autoestima, valores e crenças pessoais. Durante a adolescência, o período de transição da infância para a idade adulta, os adolescentes embarcam numa viagem para se compreenderem melhor. Isto pode ser desafiante por vezes porque estão a descobrir coisas importantes sobre quem são.

Os adolescentes podem questionar-se: O que me torna valioso? O que me importa? Em que acredito? A este processo de autodescoberta chama-se formação de identidade.

É como se estivessem a juntar peças de um puzzle para retratar quem são. Isto inclui compreender o seu valor próprio, o que é importante para eles e as crenças que têm.

Redes sociais: as redes sociais podem amplificar as pressões sociais e levar a sentimentos de baixa autoestima, uma vez que os adolescentes podem comparar-se com os outros, levando a problemas relacionados com a imagem corporal, popularidade e autoestima. As redes sociais não são fundamentalmente concebidas para crianças muito pequenas (a maioria tem mais de 13 anos), mas muitos jovens têm contas antes dessa idade, o que significa que estão expostos a muitos riscos, um dos quais é estar ligado a pessoas online que fazem comparações porque as suas mentes não estão completamente desenvolvidas, o que significa que são facilmente influenciados por estes “padrões idealizados”.

Influência

Baixa autoestima: Sem amigos para melhorar a comunicação e compreender melhor como estão os outros, os adolescentes podem sentir que estão a ficar para trás em matérias e projetos em que não são bons, mesmo que essas matérias e projetos possam ser difíceis e confusos de começar. com. A baixa autoestima nos adolescentes pode ser afetada pela falta de ligação social e de comunicação. Quando os adolescentes não têm amigos para conversar ou partilhar experiências, podem ter dificuldade em julgar a forma como os outros lidam com trabalhos difíceis.

Por exemplo, se uma pessoa considera um tema ou projeto desafiante e confuso, não ter amigos para o discutir pode fazê-la sentir-se isolada - pode assumir erradamente que todos os outros o compreendem facilmente, criando uma sensação de estar a ser deixada para trás. Sinta.

Afastamento crónico: O afastamento crónico numa relação surge frequentemente de desafios contínuos de comunicação. Quando os indivíduos têm dificuldade em expressar-se ou compreender-se uns aos outros, isso pode levar à desconexão e alienação a longo prazo.

Os problemas de comunicação podem surgir de razões como mal-entendidos ou falta de escuta eficaz. Com o tempo, estes problemas podem aumentar e criar barreiras emocionais difíceis de quebrar.

Em casos de afastamento a longo prazo, os problemas iniciais que levaram à falha na comunicação podem tornar-se confusos, dificultando a identificação da causa raiz da discórdia pelos indivíduos, permitindo que os problemas não resolvidos continuem a agravar-se.

Solução

A confiança é a base de qualquer relação. Se a confiança for quebrada, trabalhe para a reconstruir e demonstre um comportamento consistente e fiável ao longo do tempo. Para reconstruir a confiança nas relações sociais, dê prioridade à comunicação aberta, à consistência, aos pedidos de desculpas genuínos e ao respeito pelos limites. Demonstra fiabilidade, empatia e compromisso com o crescimento. Reconheça as diferenças e valorize a diversidade. Paciência e esforço genuíno por parte de todas as partes são essenciais para promover uma relação forte e de confiança a longo prazo.